quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Arteterapia e o Câncer


A psicologia busca conhecer o ser-humano através de suas vivências cotidianas, ou seja, através das descrições que o paciente fornece de suas vivências. O que acontece então quando essa vivência é afetada por uma doença tão agressiva como o câncer? O paciente pode ter muita dificuldade em expressar e entender o que está vivendo. Nessa busca a arteterapia pode ser uma grande aliada e, melhor de tudo, uma colaboradora direta na melhora e recuperação.
A debilidade da doença faz como que toda a organização interna de nossa vivência interior se desequilibre, nosso conhecimento de nós mesmos. Daí fica difícil poder descrever nossas vivências com coerência para realizar o processo terapêutico. É aí que a arteterapia entra para funcionar como uma “tradutora” desse espaço interno e ajudar o paciente a enfrentar e entender o momento peculiar que está passando.
A arte pode promover nossa harmonização individual. Ela possui uma função catártica, e expressa diretamente a atividade psicológica. Oficinas de arte com pinturas, colagens, desenhos, modelagens e diversos outros recursos lúdicos oferecem a oportunidade de interagir e reconhecer todos os aspectos da doença e de sua existência. Essas oficinas propiciam alívio das tensões, oferecem uma experiência prazerosa, facilita a expressão individual, organiza as experiências internas. Com a obra criada, pronta em mãos, o paciente pode transportar o significado plástico da sua criação para a vida, facilitando a capacidade de sonhar e ganhando muito mais auto-estima.

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